segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Final feliz!

Amigos queridos, já faz algum tempo que não coloco nada de novo aqui. Desculpem-me pela falta, mas o trabalho tem consumido toda minha criatividade.

Outro dia, estava dirigindo (sim, eu, finalmente, passei na prova) quando lembrei que ainda não havia postado sobre a minha tão sonhada aprovação na prova do Detran. Ela demorou, mas chegou.

A minha terceira tentativa não foi muito diferente das outras, a não ser pelo fato de que, finalmente, consegui chegar ao final da prova e que passei graças a dois anjos examinadores.

O nervosismo no dia anterior, as longas horas de espera, o tremor nas pernas, a distração... foi tudo igual. No entanto, desta vez Deus trocou meu dois examinadores por dois anjos.. que, já no início, fiz questão de cativar, claro! Afinal de contas, depois de duas reprovações, não podia dar mole. Comecei pedindo para um deles me avisar quando o tempo estivesse acabando, pois eu não podia perder a prova, mais uma vez, por causa do tempo.

Comecei a prova perdendo dois pontos por não colocara cabeça pra fora na hora de sair da vaga. Isso é uma exigência da prova. Eles alegam que só assim é possível ver se não existe ninguém no ponto cego do retrovisor, ok! Tudo bem que ninguém faz isso, tudo bem também que basta chegar um pouquinho pra frente e olhar no espelho, mas se o Detran exige... ponto pra eles... ou melhor, menos dois pontos pra mim!

Claro que não foi nada fácil. Entrei mal pra caramba na vaga, demorei um tempão para acertar o carro e por muito pouco não queimei a baliza. Ufa!!!! Passei por essa em exatos 3min 45 seg (o tempo máximo é de 4 min). Perdi os pontinhos na hora da saída, mas eu ainda estava na briga. Ao fim da baliza, meu anjo disse que não me avisou que o tempo estava acabando para não me deixar mais nervosa... não é um fofo?

O pior havia passado (pelo menos eu pensava assim). O próximo passo era manter a calma e prestar atenção nas indicações dos examinadores, não esquecer de nenhuma seta, nem de olhar nos espelhos. Mas como nada é fácil para mim.... aconteceu de tudo no trajeto. Logo de cara, tomei uma cortada de um ônibus. Nessa hora, o examinador puxou o volante e pisou no freio. Achei que naquele momento era o meu fim. Mas não, meu anjo disse que a culpa não foi minha e continuamos a prova. Mais a frente, uma van mal parada me obrigou a fazer uma ultrapassagem. Ui, foi tenso, mas deu certo. Na última curva, um filho da mãe que esperava para fazer a prova surgiu na minha frente e quase virou asfalto. Ufa... !!! Quanta tensão!!!!

No fim de tudo, o examinador me mandou parar o carro. A felicidade era tanta, que na mesma hora tirei o pé da embreagem com o carro engrenado, resultado? O carro morreu! Menos dois pontos e a terceira reprovação. Mas como disse no inicio, Deus colocou dois anjos no lugar dos examinadores.. Eles eram tão fofos, que, mesmo depois de tantas adversidades, não contaram essa última falta. Resultado: final feliz e Carteria Nacional de Habilitação no bolso. Uhuuuu!!!!!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Programa cultural sabadão a noite? Peraí que eu vô...


Dia 17 de outubro estreia nova temporada do monólogo - comédia, “Peraí que eu vô...”, de/com André Junqueira, no Teatro Cândido Mendes, em Ipanema.

“Peraí que eu vô...” é um espetáculo de humor contemporâneo que trata de temas cotidianos e corriqueiros com um certo deboche crítico. Com uma lente de aumento em cima das coisas que são ditas e vividas por esse personagem é possível enxergar o quanto estamos cegos diante dos absurdos que nos são impostos pela sociedade.

É uma estória divertida, que brinca com o nosso dia-a-dia e conta a trajetória de um imigrante (sem nome, pois pode ser qualquer pessoa) que em uma determinada época resolve largar sua vida numa cidadezinha do interior (que pode ser qualquer interior) e vai para uma grande cidade (que também pode ser qualquer uma) em busca da tão sonhada felicidade.

Há uma identificação direta do público, pois muito já viveram, vivem ou conhecem alguém que já passou por essa situação. No caso do personagem, ao chegar na capital, começa a viver inúmeras situações hilariantes como arrumar emprego, novas amizades... Um dos pontos altos da peça é a figura da Dona Benedita, que no fim da peça ganha um funk.

“Peraí que eu vô...” brinca com temas de filmes também, desde a arte de divulgação, trilha sonora até as cenas vividas pelo personagem.

SERVIÇO

Peraí que eu vô...
Texto: André Junqueira e Cleiton Rasga
Direção: Cleiton Rasga
Elenco: André Junqueira
Classificação Etária: 14 anos
Duração: 1h10min
Teatro: Candido Mendes - Rua Joana Angélica, 63 – Ipanema
Tel.: 2267-7295
Temporada: de 16/10 até 19/12
Horário: Sextas e Sábados às 23h
Ingressos: R$ 30,00 (inteira)

Dia 17 será a noite de estreia para convidados! Quem quiser ir, é só me mandar um e-mail até sexta, às 18h, que coloca o nome na lista.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Cultura carioca para vestir

todos os cariocas são abençoados pelo Cristo Redentor
alguns cariocas transformam natureza em música
todos os cariocas sambam
muitos cariocas cantarolam versos do mestre Cartola
poucos cariocas recitam poesias
constantemente cariocas alimentam crianças em sinais
todos os cariocas vão ao Maracanã
alguns cariocas fazem mandinga
todos os cariocas rezam
muitos cariocas passeiam no calçadão aos domingos
indubitavelmente cariocas vão à praia
cariocas tomam sol
muitos cariocas moram em favelas
todos os cariocas vêem o mar
certos cariocas são chiques, outros cariocas são ralés
cariocas sempre saem de Havaianas
nenhum carioca usa meias
todos os cariocas discam vinte e um
cariocas são da área 21

O estilo carioca está representado (em parte, claro.. até porque as coisas estão apenas começando) na coleção da Área 21, uma marca fofa que acaba de abrir sua primeira loja, na Galeria River. Tenho uma certa corujice com a marca (pois faço sua assessoria) mas podem confiar, o produto é muito legal.

Para começar, são vinte e poucos modelos de camisas, que retratam a cultura carioca, seus ídolos, belezas e mazelas. O bacana é que não são daquelas que têm cada estampa em 10 cores diferentes. Cada tema tem sua cor, malha e lavagem, agregando personalidade ao produto. Elegi as minhas femininas preferidas para postar aqui no blog:





Além das camisas, a Área 21 também tem botons, cintos, almofadas, carteiras e bijoux. Ah, e uma coleção lindinha de paper toy art. São miniaturas de papel do Cartola, Noel Rosa, Clara Nunes e Chico Buarque. O mimo é criação exclusiva da designer curitibana Giovana Martinelo. (http://papertoyart.blogspot.com/).

A inauguração foi do jeito que carioca gosta: roda da samba, caipirinhas, biscoito Globo e mate Leão de galão, tudo isso em plena galeria River, senti-me como se estivesse no Posto 9. Estava tudo super gostoso e agradável... A Área 21 não é só queridinha por mim, mas por várias outras pessoas... a festinha estava lotadaaaa!!!! Grande parte dos convidados já vestiam peças da marca, o que deixou tudo ainda mais intimista.

Não deixem de dar uma passada na loja para conhecer... A galeria River fica na Francisco Otaviano, n°67, no Arpoador. (2267-3245). A Área 21 funciona de segunda à sábado, das 10h às 19h. As camisas femininas custam, em média, 35 reais e as masculinas 45. Até a próxima!!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Cenas do último capitulo

A saga para tirar minha carteira de habilitação para dirigir continua. O último capitulo dessa novela foi quase que uma reprise do episódio anterior. Mais uma vez estourei o tempo para fazer a baliza e fui REPROVADA! :( Desta vez errei na hora que entrei com o carro na vaga. Percebi a tempo que iria queimar a baliza, então saí e entrei novamente. No entanto, minha habilidade não foi suficiente para garantir o exame. Foram os quatro minutos mais rápidos da minha vida. A batalha continua! Remarquei a prova para o dia 23 de setembro. Espero que o próximo capitulo seja o final feliz dessa novela! Até lá!

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Acreditar é fundamental

Minha querida amiga Garden e eu pegamos um novo projeto para divulgação, o espetáculo de rua Cíclopes, da Grande Companhia de Mystérios e Novidades. A montagem é uma adaptação do drama satírico "O Cíclope", de Eurípedes. Imaginem o quão lindo e fantástico é poder levar um clássico da mitologia grega para as ruas de 17 cidades brasileiras. Mais democrático, impossível!

Apaixonei-me pelo projeto desde a primeira reunião com o grupo. É realmente incrível ver a preocupação destes artistas em levar arte, dança e música para as ruas. A cada vez que assitia ao vídeo da peça, ficava ainda mais encantada. Dia após dia, sentia-me cada vez mais envolvida com o trabalho. A primeira vez que vi a peça na rua, que analisei a reação da pessoas, conclui que o teatro de rua é, realmente, uma importante ferramenta na democratização do acesso aos bens culturais e na superação de preconceitos.

Com Ligia Veiga na direção geral, Helio Eichbauer na direção de arte, Tato Taborda na direção musical e Graciela Figueroa na direção coreográfica, Ciclopes é encenado por 10 atores e cinco músicos, que, com suas coreografias em pernas de pau e música ao vivo, transformam espaços públicos em anfiteatros da atualidade, formando novas platéias e estimulando o desenvolvimento da consciência crítica.

Com duração de cinco meses, o projeto itinerante teve início em julho, no Rio de Janeiro, seguindo, no mesmo mês, para Minas Gerais. Em agosto, entre os dias 26 e 31, o espetáculo chega ao estado da Bahia, passando pelas cidades de Arraial d'Ajuda, Salvador, Cachoeira, Santo Amaro e Arembepe. Em setembro, a montagem irá para Pernambuco. No mês seguinte para São Paulo e, no outro, para o Ceará.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Apenas uma questão de tempo

A noite que antecedeu minha tão temida prova prática de direção não foi nada fácil. Custei a dormir, meu coração já batia forte só de pensar no que vinha pela frente. Quando acordei, ainda era noite e a ansiedade continuava ali, fazendo meu coração pular de nervoso. Tomei meu banho, arrumei-me e lá fui eu. Durante todo o caminho, mentalizei todos os pontos. Passo-a-passo fui revisando cada ponto do baliza, cada curva do trajeto, freio de mão.. enfim, todos os detalhes.

Chegamos no Fundão às 7 da matina. A enorme fila de carros antecipava o que vinha pela frente: uma manhã longa, cansativa e muito tensa. Foram duas demoradas horas de espera até chegar minha vez. Meu instrutor desejou-me boa sorte e fui me apresentar. Digital coletada, carro alinhado, era a minha hora. O examinador me chamou e mandou que eu entrasse no carro e avisasse a ele o momento de iniciar a prova. Minha perna tremia que nem vara verde!

Cuidadosamente, ajeitei o banco, os espelhos, coloquei o cinto e dei o ok. Um dos examinadores entrou no carro e sentou-se ao meu lado. O outro mostrou-me o cronômetro, ordenou que eu ligasse o carro e deu início a prova. Marcha, seta, freio de mão. Gira pra lá, confere a seta, gira pra cá, verifica se a seta não desarmou.. tudo aconteceu conforme eu havia planejado. Tirando o fato de que a minha perna tremia tanto, que o pedal da embreagem fazia um barulho enlouquecedor.

A cada movimento, eu respirava fundo e me concentrava para não deixar o carro morrer. Estava difícil segurar a embreagem com a perna sem controle. Superei o nervosismo, entrei perfeitamente na vaga e quando estava saíndo, já com o carro pra fora, veio o problema: meu tempo havia estourado, o que resulta em uma falta eliminatória. Sem chances, amarguei minha REPROVAÇÃO. Que triteza!!! O pior não será fazer a prova novamente, mas ter que dar mais dinheiro para a auto escola, ô máfia... Mas isso é assunto para um próximo post! :(

terça-feira, 2 de junho de 2009

Um novo ídolo, uma nova fã

A RobDigital vai lançar o primeiro DVD solo da carreira de Danilo Caymmi, intitulado Danilo Caymmi e Amigos. Por isso, estivemos (Rodrigo, Andrea e eu) na casa dele para um bate-papo informal acerca do novo trabalho. O que seria uma reunião para apurar algumas informações para o release, tornou-se um encontro entre uma nova fã e seu novo ídolo. Desde então, posso dizer que Danilo ganhou minha admiração.

Sempre gostei muito da família Caymmi, principalmente do Dorival, uma figura espetacular, um grande nome da música brasileira, inesquecível Caymmi!!! Dos filhos, sabia pouco. Do Danilo, conhecia apenas algumas composições mais famosas como Andança, Casaco marrom e O bem e o mal. Com esse novo trabalho, aprofundei-me mais em sua trajetória. Nesse encontro, pude conhecer o seu lado descontraído, engraçado e dedicado, tornei-me sua fã.

Danilo Caymmi é muito mais do que apenas um compositor brilhante. É, antes de tudo, um instrumentista de sopro preciso e dono de uma voz de timbre grave inconfundível, marca da família Caymmi. Nesse novo trabalho, ele apresenta músicas e pessoas que marcaram sua carreira. Gravado no estúdio 24P, no Rio de Janeiro, o DVD traz uma carga emocional profunda, pois sua execução aconteceu apenas dois meses depois da morte de Dorival. Para homenagear o pai, Danilo incluiu no cenário um busto do cantor, feito pelo escultor Bruno Giorgi. Segundo ele, essa foi a forma de ter o pai presente no trabalho que descreve a trajetória de sua carreira.

Danilo Caymmi e Amigos traz a inédita Toada à toa, música letrada por Dorival na década de 70. No encontro, Danilo contou-me que estava compondo a melodia em seu violão, quando seu pai sentou-se a seu lado e escreveu a letra. A música ficou perdida por anos, sendo encontrada por Danilo em sua última mudança. No DVD, a interpretação conta com a voz de Alice Caymmi, filha de Danilo, que está também nas faixas Fiz uma viagem, Nem eu e Andança. Outra participação marcante no trabalho é a do violão de Dori, presente nas músicas Flecha de Prata, Chega de Tarde, Pé sem Cabeça e Rama de Nuvens.

Entre os amigos que marcaram a história da carreira de Danilo, não poderiam faltar Roberto Menescal, que faz duecom com Danilo em Nada a Perder, Fáfá de Belém, que canta o Fado (Mãos Antigas), e os dois principais vocalistas do quarteto carioca Boca Livre, Claudio Nucci e Zé Renato, que estão nas faixas Nossa Dança e A Vizinha do Lado. Danilo Caymmi e Amigos chegará às lojas no mês de julho. O show de lançamento acontecerá, dias 6, 7 e 8 de agosto, no teatro Rival BR. Imperdível!!!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Fim de semana cultural

No último fim de semana, assisti a dois lançamentos no cinema. No sábado, fui ao Estação com uma amiga assistir ao turco "Os Três Macacos". Já no domingo, vi "Anjos e Demônios", adaptação do livro de Dan Brown (o mesmo do polêmico "Código Da Vinci"). Ambos os filmes são bem interessantes. Vale destacar que o primeiro foi indicado nas categorias melhor filme e melhor diretor no festival de Cannes 2008, levando o segundo prêmio.

"Os Três Macacos" (Üç Maymun) impressiona pela fotografia e pela ótima atuação do elenco, mas peca pela previsibilidade do roteiro. A fotografia é favorecida pelas belas paisagens, mas o que realmente chama atenção é a sensibilidade na captação da luz, intensificada durante os longos e silenciosos closes. Os poucos movimentos de câmera e o olhar distanciado das lentes do roteirista e diretor Nuri Bilge Ceylan impuseram um ritmo mais lento à narrativa. Sempre que alguma coisa ruim estava prestes a acontecer, as lentes pareciam querer se distanciar do fato, como na cena em que Servet (Ercan Kesal), um político em ascensão, dirige com sono por uma estrada deserta. A câmera mostra seus sinais de cansaço e se distancia, permanecendo imóvel... a tela fica preta. Na sequência, um casal freia bruscamente ao encontrar um corpo estendido na estrada. A trama se desenvolve a partir desse incidente. Servet oferece dinheiro para que seu motorista, Eyüp (Yavuz Bingol), assuma a culpa pela morte... Pobre e cheio de problemas com a mulher e o filho, Eyüp aceita a proposta, assume o crime e fica 9 meses preso.

Pesquisando no fantástico mundo da internet, descobri que a história dos "três macacos sábios" - um não vê, outro não fala e o terceiro não ouve, é baseada em um trocadilho japonês. O nome dos macacos são Mizaru (o que cobre os olhos), Kikazaru (o que tapa os ouvidos) e Iwazaru (o que tampa a boca). Segundo o provérbio milenar "mizaru kikazaru iwazaru" é uma forma de lembrar que se os homens não olhassem, não ouvissem e não falassem o mal alheio viveríamos em paz e em harmonia. Bacana né?!

"Anjos e Demônios" é um convite para um passeio por 400 anos de arte e história, com muita ação, suspense e efeitos especiais memoráveis. O filme apresenta uma trama muito inteligente e bem desenvolvida. A fotografia é uma bela viagem pela história do catolicismo. A atuação de Tom Hanks, que encarna mais uma vez o simbologista e professor Robert Langdon (personagem do Código Da Vinci), é fantástica (como sempre). Outro que se destaca é Ewan McGregor, no papel do "carmelengo" (uma espécie de assistente do Papa).

Em resumo, os dois filmes são ótimas opções para um cineminha de fim de semana. Fica a sugestão! Minhas próximas sessões serão para assistir a "Budapeste" e a "Desejo e perigo". Não sou muito fã de comédias, mas o trailer de "Mulher invisível" me instigou a ver o filme. Mais um para a minha extensa lista. É isso galera, até o próximo post!


quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um noite na High Society

Essa coisa de sociedade sempre me causou uma certa repulsa, vejo isso tudo como uma grande fogueira das vaidades. Mas por outro lado, acho bem interessante viver novas experiências e tentar entender como as coisas acontecem do outro lado. Sou fascinada por novas descobertas, adoro viajar por outras realidades. No entanto, uma questão me incomoda muito na high society: a forma como essas pessoas lidam com o dinheiro e a dependência que elas criam por esse mundo de ilusões. Nesse contexto, dinheiro e felicidade são duas coisas indissolúveis.

Minha passagem por esse novo mundo (ainda muito obscuro na minha concepção) aconteceu em duas ocasiões distintas. A primeira no Rio, em uma festa no Hotel Fasano e a segunda em São Paulo, na boate Pink Elephant. Fiz assessoria para os dois eventos ( e ainda para um terceiro em BH, que não pude ir). A RobDigital (gravadora onde trabalho) trouxe o DJ Stéphane Pompougnac, compilador da coleção Hôtel Costes, para tocar nas três festas, onde lançamos o volume 11 da série. As duas experiências (Rio e São Paulo) foram bem diferentes e me mostraram que, mesmo na alta sociedade, existem pessoas e pessoas.

A festa no Fasano teve um clima mais glamuroso, um verdadeiro encontro entre pessoas chiques e educadas (com algumas raras exceções, claro!). Era realmente uma reunião entre a high society (ou pelo menos era como eu esperava ser). Entre os convidados, nomes como Lenny Niemeyer, Alexandre Accioly, Ricardo Amaral, Daniele Saraiba e tantos outros. O som empolgou os convidados, que dançaram e curtiram muito a festa. Tirando o susto da conta, a noite teve um resultado super positivo.


Já da noite na Pink Elephant não posso dizer que guardarei boas lembranças. Na verdade, poderia ter passado pela vida sem ter visto o que vi por lá. O lugar, reduto da nata paulistana (se é que posso chamar assim), é um antro de homens pedantes e mulheres bonitas (um tanto vulgares, admito). A boate, originária de Nova Iorque, não tem nada demais. A decoração não impressiona. Na verdade, a única coisa incrível que vi naquela noite foi o Porsche que estava parado na porta. Nunca havia visto um daqueles na vida.

O auge da balada foi o momento em que seis mulheres entraram ao som da trilha sonora do filme Superman carregando garrafas de champagne iluminadas por chamarizes (do tipo vela de aniversário)... Elas foram ao encontro do comprador da bebida e viraram uma garrafa inteira nele. Detalhe: cada uma custava 600 reais! Meu Deus, que ridículo! Por que uma pessoa precisa gastar tanto dinheiro com tão pouco? Durante toda a noite, meninas iam e vinham com garrafas iluminadas... era tanto desperdício, tanta gente abusada e bêbada, uns homens ridículos... Socorrooooo!!!!

Tirando a experiência na balada de boy (como dizem minhas amigas paulistanas), a viagem a Sampa foi muito legal, como sempre. Sou uma carioca apaixonada por São Paulo. A cidade me fascina, as pessoas me encantam... adoro tudo por lá. Andar pela Avenida Paulista e ver toda a grandiosidade daquela cidade é incrível. Como as coisas funcionam bem por lá. As pessoas são educadas, a cidade é limpa. O melhor de tudo é andar pela rua sem ter que desviar de camelos e moradores de rua, uma experiência única para uma carioca.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Vivienciando: um olhar pessoal e inquieto

Deparo-me, diariamente, com pequenas questões que me fazem refletir sobre meu papel no mundo. Esses pensamentos ficam indo e vindo na minha cabeça, e, algumas vezes, chego a achar que estou ficando maluca. Mas não, ainda não estou louca! Essa reflexão é inerente e essencial à condição humana. Talvez minha inquietação esteja um pouco exacerbada, talvez por isso ache que estou ficando doida, talvez por isso tenha escolhido ser jornalista... talvez, talvez...!

A verdade é que falar já não me basta mais, preciso de algo com dimensões maiores. Quero escrever, publicar minhas opiniões. Preciso de um espaço onde meu texto possa fluir no mesmo ritmo do meu pensamento, um lugar onde minhas ideias não precisem da aprovação de editores, nem tenham que corresponder a interesses comerciais. Preciso de um blog! Sendo assim, apresento-lhes o Vivienciando: um pedaço (mínimo) do mundo sob o olhar de uma carioca, de uma jornalista, de uma amiga, de uma filha, de uma mulher... um olhar sob as minhas próprias vivências!

O primeiro passo foi dado: nasce o meu espaço particular. Agora é a hora de dar forma, criar uma identidade. Só que isso deverá acontecer naturalmente. Post a post, foto a foto... A grande maioria dos blogs que leio tem uma tamática definida. O Vivienciando trará a minha temática, as minhas inquietações, as minhas vivências (boas ou más), as minhas reações, o meu olhar... Um pouco egocêntrico? Talvez! Aí vai depender do seu olhar e das suas conclusões. Seja bem vindo, fique à vontade. Leia, comente, participe!