quinta-feira, 28 de maio de 2009

Fim de semana cultural

No último fim de semana, assisti a dois lançamentos no cinema. No sábado, fui ao Estação com uma amiga assistir ao turco "Os Três Macacos". Já no domingo, vi "Anjos e Demônios", adaptação do livro de Dan Brown (o mesmo do polêmico "Código Da Vinci"). Ambos os filmes são bem interessantes. Vale destacar que o primeiro foi indicado nas categorias melhor filme e melhor diretor no festival de Cannes 2008, levando o segundo prêmio.

"Os Três Macacos" (Üç Maymun) impressiona pela fotografia e pela ótima atuação do elenco, mas peca pela previsibilidade do roteiro. A fotografia é favorecida pelas belas paisagens, mas o que realmente chama atenção é a sensibilidade na captação da luz, intensificada durante os longos e silenciosos closes. Os poucos movimentos de câmera e o olhar distanciado das lentes do roteirista e diretor Nuri Bilge Ceylan impuseram um ritmo mais lento à narrativa. Sempre que alguma coisa ruim estava prestes a acontecer, as lentes pareciam querer se distanciar do fato, como na cena em que Servet (Ercan Kesal), um político em ascensão, dirige com sono por uma estrada deserta. A câmera mostra seus sinais de cansaço e se distancia, permanecendo imóvel... a tela fica preta. Na sequência, um casal freia bruscamente ao encontrar um corpo estendido na estrada. A trama se desenvolve a partir desse incidente. Servet oferece dinheiro para que seu motorista, Eyüp (Yavuz Bingol), assuma a culpa pela morte... Pobre e cheio de problemas com a mulher e o filho, Eyüp aceita a proposta, assume o crime e fica 9 meses preso.

Pesquisando no fantástico mundo da internet, descobri que a história dos "três macacos sábios" - um não vê, outro não fala e o terceiro não ouve, é baseada em um trocadilho japonês. O nome dos macacos são Mizaru (o que cobre os olhos), Kikazaru (o que tapa os ouvidos) e Iwazaru (o que tampa a boca). Segundo o provérbio milenar "mizaru kikazaru iwazaru" é uma forma de lembrar que se os homens não olhassem, não ouvissem e não falassem o mal alheio viveríamos em paz e em harmonia. Bacana né?!

"Anjos e Demônios" é um convite para um passeio por 400 anos de arte e história, com muita ação, suspense e efeitos especiais memoráveis. O filme apresenta uma trama muito inteligente e bem desenvolvida. A fotografia é uma bela viagem pela história do catolicismo. A atuação de Tom Hanks, que encarna mais uma vez o simbologista e professor Robert Langdon (personagem do Código Da Vinci), é fantástica (como sempre). Outro que se destaca é Ewan McGregor, no papel do "carmelengo" (uma espécie de assistente do Papa).

Em resumo, os dois filmes são ótimas opções para um cineminha de fim de semana. Fica a sugestão! Minhas próximas sessões serão para assistir a "Budapeste" e a "Desejo e perigo". Não sou muito fã de comédias, mas o trailer de "Mulher invisível" me instigou a ver o filme. Mais um para a minha extensa lista. É isso galera, até o próximo post!


quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um noite na High Society

Essa coisa de sociedade sempre me causou uma certa repulsa, vejo isso tudo como uma grande fogueira das vaidades. Mas por outro lado, acho bem interessante viver novas experiências e tentar entender como as coisas acontecem do outro lado. Sou fascinada por novas descobertas, adoro viajar por outras realidades. No entanto, uma questão me incomoda muito na high society: a forma como essas pessoas lidam com o dinheiro e a dependência que elas criam por esse mundo de ilusões. Nesse contexto, dinheiro e felicidade são duas coisas indissolúveis.

Minha passagem por esse novo mundo (ainda muito obscuro na minha concepção) aconteceu em duas ocasiões distintas. A primeira no Rio, em uma festa no Hotel Fasano e a segunda em São Paulo, na boate Pink Elephant. Fiz assessoria para os dois eventos ( e ainda para um terceiro em BH, que não pude ir). A RobDigital (gravadora onde trabalho) trouxe o DJ Stéphane Pompougnac, compilador da coleção Hôtel Costes, para tocar nas três festas, onde lançamos o volume 11 da série. As duas experiências (Rio e São Paulo) foram bem diferentes e me mostraram que, mesmo na alta sociedade, existem pessoas e pessoas.

A festa no Fasano teve um clima mais glamuroso, um verdadeiro encontro entre pessoas chiques e educadas (com algumas raras exceções, claro!). Era realmente uma reunião entre a high society (ou pelo menos era como eu esperava ser). Entre os convidados, nomes como Lenny Niemeyer, Alexandre Accioly, Ricardo Amaral, Daniele Saraiba e tantos outros. O som empolgou os convidados, que dançaram e curtiram muito a festa. Tirando o susto da conta, a noite teve um resultado super positivo.


Já da noite na Pink Elephant não posso dizer que guardarei boas lembranças. Na verdade, poderia ter passado pela vida sem ter visto o que vi por lá. O lugar, reduto da nata paulistana (se é que posso chamar assim), é um antro de homens pedantes e mulheres bonitas (um tanto vulgares, admito). A boate, originária de Nova Iorque, não tem nada demais. A decoração não impressiona. Na verdade, a única coisa incrível que vi naquela noite foi o Porsche que estava parado na porta. Nunca havia visto um daqueles na vida.

O auge da balada foi o momento em que seis mulheres entraram ao som da trilha sonora do filme Superman carregando garrafas de champagne iluminadas por chamarizes (do tipo vela de aniversário)... Elas foram ao encontro do comprador da bebida e viraram uma garrafa inteira nele. Detalhe: cada uma custava 600 reais! Meu Deus, que ridículo! Por que uma pessoa precisa gastar tanto dinheiro com tão pouco? Durante toda a noite, meninas iam e vinham com garrafas iluminadas... era tanto desperdício, tanta gente abusada e bêbada, uns homens ridículos... Socorrooooo!!!!

Tirando a experiência na balada de boy (como dizem minhas amigas paulistanas), a viagem a Sampa foi muito legal, como sempre. Sou uma carioca apaixonada por São Paulo. A cidade me fascina, as pessoas me encantam... adoro tudo por lá. Andar pela Avenida Paulista e ver toda a grandiosidade daquela cidade é incrível. Como as coisas funcionam bem por lá. As pessoas são educadas, a cidade é limpa. O melhor de tudo é andar pela rua sem ter que desviar de camelos e moradores de rua, uma experiência única para uma carioca.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Vivienciando: um olhar pessoal e inquieto

Deparo-me, diariamente, com pequenas questões que me fazem refletir sobre meu papel no mundo. Esses pensamentos ficam indo e vindo na minha cabeça, e, algumas vezes, chego a achar que estou ficando maluca. Mas não, ainda não estou louca! Essa reflexão é inerente e essencial à condição humana. Talvez minha inquietação esteja um pouco exacerbada, talvez por isso ache que estou ficando doida, talvez por isso tenha escolhido ser jornalista... talvez, talvez...!

A verdade é que falar já não me basta mais, preciso de algo com dimensões maiores. Quero escrever, publicar minhas opiniões. Preciso de um espaço onde meu texto possa fluir no mesmo ritmo do meu pensamento, um lugar onde minhas ideias não precisem da aprovação de editores, nem tenham que corresponder a interesses comerciais. Preciso de um blog! Sendo assim, apresento-lhes o Vivienciando: um pedaço (mínimo) do mundo sob o olhar de uma carioca, de uma jornalista, de uma amiga, de uma filha, de uma mulher... um olhar sob as minhas próprias vivências!

O primeiro passo foi dado: nasce o meu espaço particular. Agora é a hora de dar forma, criar uma identidade. Só que isso deverá acontecer naturalmente. Post a post, foto a foto... A grande maioria dos blogs que leio tem uma tamática definida. O Vivienciando trará a minha temática, as minhas inquietações, as minhas vivências (boas ou más), as minhas reações, o meu olhar... Um pouco egocêntrico? Talvez! Aí vai depender do seu olhar e das suas conclusões. Seja bem vindo, fique à vontade. Leia, comente, participe!