quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um noite na High Society

Essa coisa de sociedade sempre me causou uma certa repulsa, vejo isso tudo como uma grande fogueira das vaidades. Mas por outro lado, acho bem interessante viver novas experiências e tentar entender como as coisas acontecem do outro lado. Sou fascinada por novas descobertas, adoro viajar por outras realidades. No entanto, uma questão me incomoda muito na high society: a forma como essas pessoas lidam com o dinheiro e a dependência que elas criam por esse mundo de ilusões. Nesse contexto, dinheiro e felicidade são duas coisas indissolúveis.

Minha passagem por esse novo mundo (ainda muito obscuro na minha concepção) aconteceu em duas ocasiões distintas. A primeira no Rio, em uma festa no Hotel Fasano e a segunda em São Paulo, na boate Pink Elephant. Fiz assessoria para os dois eventos ( e ainda para um terceiro em BH, que não pude ir). A RobDigital (gravadora onde trabalho) trouxe o DJ Stéphane Pompougnac, compilador da coleção Hôtel Costes, para tocar nas três festas, onde lançamos o volume 11 da série. As duas experiências (Rio e São Paulo) foram bem diferentes e me mostraram que, mesmo na alta sociedade, existem pessoas e pessoas.

A festa no Fasano teve um clima mais glamuroso, um verdadeiro encontro entre pessoas chiques e educadas (com algumas raras exceções, claro!). Era realmente uma reunião entre a high society (ou pelo menos era como eu esperava ser). Entre os convidados, nomes como Lenny Niemeyer, Alexandre Accioly, Ricardo Amaral, Daniele Saraiba e tantos outros. O som empolgou os convidados, que dançaram e curtiram muito a festa. Tirando o susto da conta, a noite teve um resultado super positivo.


Já da noite na Pink Elephant não posso dizer que guardarei boas lembranças. Na verdade, poderia ter passado pela vida sem ter visto o que vi por lá. O lugar, reduto da nata paulistana (se é que posso chamar assim), é um antro de homens pedantes e mulheres bonitas (um tanto vulgares, admito). A boate, originária de Nova Iorque, não tem nada demais. A decoração não impressiona. Na verdade, a única coisa incrível que vi naquela noite foi o Porsche que estava parado na porta. Nunca havia visto um daqueles na vida.

O auge da balada foi o momento em que seis mulheres entraram ao som da trilha sonora do filme Superman carregando garrafas de champagne iluminadas por chamarizes (do tipo vela de aniversário)... Elas foram ao encontro do comprador da bebida e viraram uma garrafa inteira nele. Detalhe: cada uma custava 600 reais! Meu Deus, que ridículo! Por que uma pessoa precisa gastar tanto dinheiro com tão pouco? Durante toda a noite, meninas iam e vinham com garrafas iluminadas... era tanto desperdício, tanta gente abusada e bêbada, uns homens ridículos... Socorrooooo!!!!

Tirando a experiência na balada de boy (como dizem minhas amigas paulistanas), a viagem a Sampa foi muito legal, como sempre. Sou uma carioca apaixonada por São Paulo. A cidade me fascina, as pessoas me encantam... adoro tudo por lá. Andar pela Avenida Paulista e ver toda a grandiosidade daquela cidade é incrível. Como as coisas funcionam bem por lá. As pessoas são educadas, a cidade é limpa. O melhor de tudo é andar pela rua sem ter que desviar de camelos e moradores de rua, uma experiência única para uma carioca.

2 comentários:

  1. Nada melhor na vida que as estorias para contar...Vivienciando! :)

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  2. Ai Vivis, que terrível essa história da boate! Nooosa! Definitivamente, não admiro São Paulo.

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